Se você não investe pessoalmente em criptomoeda, é provável que neste momento você tenha amigos, familiares ou colegas que o façam. As criptomoedas subiram de um nicho de mercado para se tornarem quase totalmente mainstream, e fizeram isso em um período muito curto de tempo. Agora que eles são tão onipresentes, há uma nova questão para discutir, e essa é a questão de como as criptomoedas são tratadas no processo de divórcio.
A determinação e distribuição de ativos financeiros, bem como o pagamento de pensão alimentícia, são questões centrais a serem resolvidas durante a maioria dos processos de divórcio. Existem muitas ferramentas à disposição de um advogado para a divulgação de ativos financeiros, no entanto, quando você combina Bitcoin e divórcio, fica com algo totalmente novo.
Lidar com Bitcoin e divórcio é diferente de lidar com outros ativos financeiros por vários motivos. Uma delas é a pura volatilidade de seu valor. Sabe-se que o Bitcoin e outras criptomoedas sofrem oscilações absolutamente selvagens, tanto para cima quanto para baixo, em valor. Portanto, o valor precisa continuar a ser rastreado e atualizado em tempo real, ou definido em um momento específico, quando pode acabar valendo algo muito diferente no futuro. Em ambos os casos, é uma circunstância menos do que ideal para determinar e distribuir bens ou estabelecer pensão alimentícia.
Outra questão importante a ser entendida entre criptomoeda e divórcio é que esses mercados e suas transações foram projetados para serem anônimos e seguros. Consultar as participações, contas ou transações de um indivíduo não é o mesmo que examinar uma conta bancária, uma conta de aposentadoria ou uma carteira de ações. A rastreabilidade das contas criptográficas de um indivíduo será difícil na melhor das hipóteses, e se os tribunais colocaram ou não algum poder de intimação por trás disso ainda não está claro no momento.
Claramente, este é apenas o começo da questão do Bitcoin e do divórcio, porque todas as criptomoedas ainda estão em ascensão. À medida que mais pessoas começam ou continuam a usá-los, e eles se tornam mais comuns e aceitos, a forma como eles são tratados como ativos financeiros durante o processo de divórcio continuará sendo o centro das atenções. É o fato de que eles cresceram tão rapidamente para começar que deixou muitas pessoas desprevenidas hoje sobre como tratá-los em tais assuntos. Lembre-se de que o Bitcoin foi lançado há menos de uma década.
Como sempre, certifique-se de consultar um profissional experiente em sua área local. Embora ainda haja muita incerteza sobre como o Bitcoin e o divórcio serão tratados e que tipos de decisões podem nos esperar no futuro, um advogado de divórcio experiente poderá orientá-lo durante o processo e oferecer informações sobre as áreas de descoberta financeira e todos os aspectos de um caso pendente.
